Sobre Jorginho Mello e a ideologização política
Por Diego Andrade, professor
Em 2022 a Direita catarinense rachou, proporcionando várias candidaturas ao Executivo Estadual. Esse racha foi determinante para que o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Décio Lima, chegasse ao segundo turno num dos Estados mais bolsonaristas da nação.
Eram cartas marcadas, Décio (PT) não seria páreo para Jorginho (PL), que foi elevado ao cargo maior com uma grande concentração votos. Jorginho, aquele que defendeu o governo Bolsonaro com unhas dentes no Congresso Nacional, estava eleito para um mandato de quatro anos.
Inconsequente
Preocupação – De lá para cá, já se passou o período de um ano e meio de governo, e o que estamos vendo é uma ideologização inconsequente do gestor máximo. Aquele que deveria zelar pelos catarinenses, tem uma preocupação maior com seu próprio eleitorado.
Jorginho (PL) tem evitado qualquer contato público com membros do governo Lula (PT). Um contrassenso, pois os governos necessitam estar alinhados. Quem perde com isso é toda a população catarinense.
O gestor tem colocado barreiras para receber os R$ 465 milhões que o governo federal deve ao Estado, dinheiro que foi empregado durante o governo Moisés para recuperação de rodovias federais.
Devido à ineficácia e aos cortes orçamentários promovidos no governo Bolsonaro, Santa Catarina teve que colocar recursos próprios em rodovias que não pertencem a sua jurisdição. Um descalabro sem igual do ex-presidente, atualmente inelegível.
Fanático
Postura incorreta – Na semana recente, o presidente Lula esteve em Florianópolis para inaugurar o Contorno Viário, e fez uma crítica sem citar o nome do governador, afirmando: “O País necessita retornar à civilidade”. Palavras pertinentes do presidente, pois, já dizia o velho ditado, “a união faz a força”.
Enquanto agrada seu eleitorado mais fanático e radical, Jorginho desagrada aqueles que defendem o bom senso, a democracia e o diálogo. Está na hora do governante máximo do Estado acordar, para o bem comum. Posturas como essa não cabem mais!
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