Wilson de Oliveira Neto: O QUE É UMA BOA AULA?

A HISTORICIDADE DAS COISAS SÃO BENTO DO SUL

É ANIMADOR CONSTATAR QUE NÃO ESTAMOS TOTALMENTE PRESOS À TECNOLOGIA DIGITAL

Por Wilson de Oliveira Neto, historiador

Na última quarta-feira (5), o curso de História em que eu leciono há 11 anos promoveu mais um seminário de socialização dos resultados dos estágios curriculares supervisionados dos seus estudantes concluintes.

Como em outros cursos de graduação, os estudantes de licenciatura, isto é, de cursos superiores que visam a formação de professores para a educação básica, devem realizar períodos de estágio em escolas e colégios e, ao final deles, aplicarem sequências didáticas e projetos de ensino para turmas dos ensinos fundamental e médio.

Para muitos graduandos, o Estágio Curricular Supervisionado, seu nome oficial, é a primeira oportunidade de entrarem em sala de aula antes de se formarem. Para os cursos de licenciatura, o ECS é algo muito sério e que envolve aspectos legais e pedagógicos.

Eu participei da banca avaliadora que examinou e arguiu seis trabalhos de conclusão de estágio, cujos são ex-alunos que estiveram comigo em diferentes disciplinas e componentes curriculares ao longo de quatro anos e meio de curso. Passamos poucas e boas juntos, especialmente, durante o ensino virtualizado ministrado na pandemia.

Uma questão essencial

Ah, a pandemia. Nós, estudantes e professores, fomos saturados com tanta tecnologia digital, apresentada ao público como uma panaceia capaz de curar todos os males que afetam a educação escolar brasileira. Conversa fiada, naturalmente.

Em um dos trabalhos apresentados, a saturação provocada pela avalanche de “meets” da vida foi problematizada e levantou uma questão essencial: o que é necessário para uma boa aula?

O que anima

A resposta foi simples. Dedicação e preparo por parte da estagiária, que soube aproveitar recursos didáticos comuns e, muitas vezes desprezados: livro didático, lousa branca e canetões.

Em uma época em que Kahoot é sinônimo de aula dinâmica, é animador constatar que não estamos totalmente presos à tecnologia digital e que bons e simples recursos didáticos, quando bem utilizados, são para lá de dinâmicos e capazes de propiciarem ótimas experiências de ensino e aprendizagem na educação básica.

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