NANOSSATÉLITE DESENVOLVIDO COM PARTICIPAÇÃO DO SENAI DE SC COMPLETA UM ANO DE LANÇAMENTO

SANTA CATARINA

VCUB1 se tornou o primeiro satélite de observação da Terra e coleta de dados projetado e construído por uma empresa brasileira, utilizando tecnologias que estão no estado-da-arte em satélites de pequeno porte

A Visiona comemora nesta segunda (15) um ano do lançamento do VCUB1, o nanossatélite desenvolvido pela empresa para validar no espaço tecnologias espaciais que não podem ser integralmente testadas na terra, com destaque para o sistema de Controle de Órbita e Atitude (do inglês AOCS).

Este é um sistema crítico até então não dominado pelo Brasil. O VCUB1 se tornou o primeiro satélite de observação da Terra e coleta de dados projetado e construído por uma empresa brasileira, utilizando tecnologias que estão no estado-da-arte em satélites de pequeno porte. 

“Para o Senai de Santa Catarina é um grande orgulho ter participado de iniciativa tão importante de uma indústria nacional”, afirma o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, referindo-se aos desenvolvimentos realizados pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, localizado em Florianópolis. 

Rebocador espacial
Maestria –
O lançamento do VCUB1 ocorreu no dia 15 de abril de 2023 na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, através do lançador Falcon 9 da SpaceX. Após o lançamento, o VCUB1 foi levado à sua órbita definitiva pelo rebocador espacial ION da empresa italiana D-Orbit. O translado até o ponto de inserção foi concluído no dia 22 de abril, quando o VCUB1 foi finalmente ativado. Toda a operação de lançamento ocorreu sem contratempos. 

Após o lançamento, a Visiona realizou com sucesso testes funcionais de todos os sistemas do satélite validando o seu funcionamento e desde então vem se dedicando ao teste e evolução do software embarcado do satélite.

“O VCUB1 vem sendo utilizado como um laboratório no espaço e vem desempenhando esse papel com maestria. Após a conclusão dessa etapa, devemos avançar para a fase de calibração final e iniciar pilotos de sensoriamento e coleta de dados com entidades parceiras”, afirmou João Paulo Rodrigues Campos, Diretor-Presidente da Visiona. 

Domínio do software embarcado
Reconfiguração em voo –
O VCUB1 foi construído a partir do moderno conceito de satélite definido por software e é capaz de ser completamente reconfigurado em voo. Desta forma, a Visiona é capaz de evoluir o software do satélite mesmo após o lançamento corrigindo erros, adicionando novas funções e desenvolvendo novos produtos. Na missão estão sendo testados os sistemas de Controle de Órbita e Atitude (do inglês AOCS), de Gestão de Dados de Bordo (do inglês OBDH) e de comunicação e coleta de dados.

O domínio do software embarcado é fundamental para uma empresa integradora de satélites pois permite o projeto e integração dos satélites de forma independente e a otimização das missões, extraindo o melhor de cada artefato.

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Controle de órbita
Novas missões
– “O desenvolvimento do sistema de Controle de Órbita e Atitude em particular é um divisor de águas na história da indústria espacial no país”, disse Himilcon de Castro Carvalho, Diretor de Tecnologia Espacial da Visiona. “O plano é utilizar as tecnologias em novas missões baseadas no VCUB1 e no satélite SatVHR, o primeiro satélite de observação da Terra de altíssima resolução do país que estamos desenvolvendo com apoio da Finep”. 

O VCUB1 está equipado com uma câmera de alta resolução projetada no Brasil pela empresa OPTO e é capaz de fazer a coleta de dados hidrometeorológicos e outros tipos de dados. O sucesso da missão marca a capacidade da Visiona em projetar e construir satélites de alto desempenho e a qualifica para alçar voos ainda maiores. 

Curiosidade 
Rede de parceiros –
Quer saber como foi o lançamento do VCUB1? Clique aqui e assista a simulação de lançamento e entrada em operação do satélite. Para relembrar o lançamento do VCUB1 direto da Base Aérea de Vandenberg, clique aqui.

O projeto conta com uma extensa rede de parceiros institucionais e tecnológicos na construção do satélite e no desenvolvimento das aplicações, além de várias empresas da base industrial brasileira como a OPTO, a AMS Kepler, a Metalcard e a Orbital Engenharia, Senai/SC, entre outras.

O projeto contou com o apoio financeiro da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados. 

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