A oficialização da festa do Natal ocorreu por volta do século 4 e representou um grande investimento simbólico por parte dos cristãos
Por Wilson de Oliveira Neto, historiador
A origem da celebração mais importante do Ocidente está situada na Antiguidade, sendo uma mistura de diversas tradições religiosas anteriores ao próprio Cristianismo. A oficialização da festa do Natal ocorreu por volta do século 4 e representou um grande investimento simbólico por parte dos cristãos.
Há 7 mil anos, eram realizados cultos agrários durante o solstício de inverno, no hemisfério norte. Era o renascimento do Sol, que para as sociedades agrícolas daquele lugar, era um momento importante em suas vidas sociais.
Divindade persa
Crenças – A celebração do nascimento de Jesus Cristo descende de uma festa romana em honra a Mitra, divindade persa que representava a luz, que nasceu em 25 de dezembro. Era o Festival do Sol Invicto, o equivalente romano às demais festividades em torno do solstício de inverno, logo após a Saturnália.
O Festival do Sol Invicto incluía banquetes, sacrifícios de animais e trocas de presentes. A partir da expansão do Cristianismo em Roma, a festa foi transformada no Natal, sendo uma das estratégias dos primeiros cristãos para difundir e fortalecer suas crenças.
Séculos seguintes
Decorações típicas – Com a elevação do Cristianismo à religião oficial do Império Romano, em 380, por Constantino, o Natal foi consolidado. Nos séculos seguintes, durante a Idade Média, a celebração foi espalhada pela Europa cristianizada, adquirindo as características básicas que possui até hoje, como por exemplo, suas decorações típicas. Era inventado, portanto, o Natal.
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