POLITICANDO: MONARQUIA E OLIGARQUIAS, A CONTRIBUIÇÃO PARA UM PAÍS DESIGUAL

POLITICANDO SÃO BENTO DO SUL

Contestado e Canudos traziam consigo sertanejos que buscavam melhores condições de vida, já que o Estado brasileiro lhes negava

Por Politicando/Jornal Edição Digital

Entender a má distribuição de renda, e consequentemente a dificuldade que a população mais pobre tem atualmente para obter um pedaço de terra é complexo, e ao mesmo tempo não é.

Se buscarmos bons livros de história, vamos compreender a desigualdade social brasileira. Um projeto político daqueles que colonizaram e outorgaram a injusta Constituição de 1824, que impôs o poder moderador, concedendo plenos poderes ao imperador.

O Império que se caracterizou pela manutenção de um sistema escravocrata, e foi responsável por distanciar as camadas mais pobres da sociedade brasileira do acesso à terra. A Lei de Terras de 1850, assinada por Dom Pedro II, foi determinante para a concentração fundiária.

Sem o mínimo de cidadania
Questão social –
Para o pressionado e quase findado Império, restou libertar os escravizados em 1888, libertando-os sem lhes garantir o mínimo de cidadania. Os coronéis, descontentes com o fim da escravidão, golpearam os monarcas e mantiveram esse sistema desigual.

A Constituição Republicana de 1891, que propiciou a liberdade religiosa e determinou o fim do voto censitário, não trouxe avanços na questão social. Sendo assim, apenas uma pequena parcela da população teve direito a cidadania.

O coronelismo e consequentemente o mandonismo foram características de um projeto político para manter um País desigual, sustentando as oligarquias no poder. As Revoltas que eclodiram naquele período nos fazem refletir sobre as condições que vivia a população mais pobre do país.

Contestado e Canudos
Sangue –
Contestado e Canudos têm sua similaridade. Ambas as revoltas possuíam um líder com aspecto religioso, e traziam consigo sertanejos que buscavam melhores condições de vida, já que o Estado brasileiro lhes negava.

Ambas foram contidas na base do derramamento de sangue. Não se negociava com pobre, era mais cômodo exterminá-los, e usar esse extermínio como exemplo, para colocar medo naqueles que ousassem atentar contra a “ordem e o progresso” da elite brasileira.

Regimes políticos
Primórdios –
Ambos os regimes políticos, contribuíram para a formação de um País injusto, que segrega. As políticas públicas são fundamentais para que os mais pobres tenham acesso a aquilo que foi lhes negado nos primórdios da criação do Estado brasileiro.

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