Depois da remoção do caminhão que derramou ácido sulfônico na Serra Dona Francisca nesta segunda-feira (29), órgãos continuam trabalhando no local
Depois da remoção do caminhão que derramou ácido sulfônico na Serra Dona Francisca nesta segunda (29), órgãos continuam trabalhando no local. O trânsito segue no sistema “Siga e Pare”. Os técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) monitoram a área e auxiliando os profissionais da empresa especializada em emergência ambiental contratada pelos responsáveis da carga.
O trabalho se concentra na retirada das bombonas que atingiram a vegetação. Alguns desses tonéis estão intactos e outros danificados, por isso o trabalho de limpeza de toda a área contaminada.
A próxima etapa a ser realizada no local é a raspagem e limpeza de toda a vegetação que foi atingida pelo ácido sulfônico. O IMA já está estudando a melhor forma para a realização desse trabalho que será executado pela empresa de emergência ambiental. Ainda não há a estimativa do volume total derramado.
Força-tarefa e perícia
Dinâmica do acidente – “Estamos trabalhando com uma força-tarefa envolvendo várias Secretarias de Estado. Os profissionais do IMA seguem monitorando o local e auxiliando na limpeza do derramamento do ácido. Em paralelo à Polícia Científica trabalha para entender a dinâmica do acidente e a Polícia Civil já instaurou um inquérito policial para apurar as consequências desse dano ambiental”, informou a presidente do IMA, Sheila Meirelles.
Estão envolvidos nesse caso dois setores da Polícia Científica de Santa Catarina: Setor de Perícias Ambientais (análise das consequências ambientais do acidente com produto perigoso e possivelmente a valoração do dano ambiental) e Engenharia Forense (perícia no caminhão envolvido no acidente).
Inspeção
Vestígios – O veículo vai passar por uma inspeção mais detalhada na tentativa de identificar possíveis vestígios de falha mecânica ou de outra situação que tenha contribuído para a ocorrência do sinistro, além da análise dos dados contidos no tacógrafo.
Nesta terça, a PMA fez vistorias na Baía da Babitonga com duas embarcações. Até agora não foi identificado qualquer ponto na Baía com espuma, peixe e animais mortos ou qualquer vestígio material de que a substância tenha afetado de forma mais impactante o ambiente.
“A nossa guarnição passou hoje novamente em alguns lugares atingidos ontem. Mesmo os lugares que ontem (segunda) estavam completamente lotados de espuma, hoje já tem uma quantidade bem menor, quase não se nota mais espuma na água”, explica o major Ruy Florêncio Teixeira Junior, comandante da Polícia Militar Ambiental de Joinville.
Baía da Babitonga
30 km – Do ponto zero até a Baía da Babitonga são cerca de 30 quilômetros de distância e nos próximos dias serão feitos monitoramentos neste trecho para o monitoramento e coleta para analisar a qualidade da água. Em relação à água para coleta pelo sistema de abastecimento, a Companhia Águas de Joinville informa que está fazendo a análise da água a cada 15 minutos.
Foto PCI/SC
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