Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina pede que a população se mantenha em alerta, especialmente em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)
Nos próximos dias começa o Carnaval. A por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) ressalta que é importante que a população se mantenha em alerta, especialmente em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como o HIV, sífilis, HPV e hepatite A, entre outras.
O uso da camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais ainda é a medida mais acessível, segura e eficaz para evitar as ISTs e, até mesmo, uma gravidez não planejada. No entanto, com relação ao HIV, existem métodos adicionais, além do uso dos preservativos, para evitar a infecção, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que podem ser usadas de forma combinada à camisinha.
Ingestão de medicamentos
Possível contato – A PrEP é um método de prevenção ao HIV que consiste na ingestão de medicamentos que protegem o corpo da infecção em caso de possível contato com o vírus. O método pode ser utilizado por pessoas a partir dos 15 anos. Existem dois tipos de PrEP, a diária e a sob demanda.
A médica infectologista da Dive, Aline Vitali Grando, explica que a primeira consiste na ingestão diária de medicamentos, de forma contínua. “Leva-se até sete dias para atingir níveis de proteção ideais”, explica. Já a PrEP sob demanda pode ser usada até horas antes de cair na folia, por grupos específicos.
“Ela é indicada para pessoas que tenham exposições menos frequentes ao HIV. Então, nessa forma de prevenção é necessário que a pessoa consiga planejar quando a relação sexual irá ocorrer para permitir o uso da dose inicial recomendada entre 2 a 24 horas antes da relação, sendo que o tratamento deve ser mantido por pelo menos 48h”, destaca a médica.
Risco de infecção
Unidades de saúde – Com relação à PEP, ela é uma medida de prevenção de urgência que deve ser utilizada após uma possível exposição ao HIV para reduzir o risco de infecção, esclarece a médica. Ela também consiste no uso de medicamentos, mas deve ser iniciada preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição, não podendo ultrapassar 72 horas e precisa ser continuada por 28 dias.
Outra medida de prevenção que pode ser adotada antes da festa é a realização de testes rápidos para o diagnóstico de ISTs. Os testes são realizados nas unidades básicas de saúde de forma segura e sigilosa e ficam prontos em até 30 minutos.
Nas unidades de saúde também é possível ter acesso a PrEP, PEP e fazer a retirada de preservativos e lubrificantes. Só no mês de janeiro de 2024 a Dive/SC distribuiu mais de 1 milhão de camisinhas para os municípios catarinenses já prevendo o Carnaval.
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