A concentração fundiária, e consequentemente a desigualdade social, a deixou estarrecida, sendo o pilar para que a mesma se interessasse por economia
Por Diego Andrade, professor
Morreu no (8), aos 94 anos, a economista Maria da Conceição de Almeida Tavares. Nascida em Portugal, em 24 de abril de 1930, Maria da Conceição de Almeida Tavares chegou ao Brasil em 1954 e, três anos depois, tornou-se cidadã brasileira.
Sem ter o diploma de Lisboa reconhecido no Brasil, ela iniciou os seus estudos em economia na instituição que hoje é a Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1957, quando obteve a cidadania brasileira. Nesse tempo, chegou a trabalhar para o Incra e, posteriormente, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, hoje BNDES. Também colaborou com o Governo Kubistchek num conselho para políticas.
Concentração fundiária
Pilar – A concentração fundiária, e consequentemente a desigualdade social, a deixou estarrecida, sendo o pilar para que a mesma se interessasse por economia. Em busca de justiça social, Maria se filiou no PT (Partido dos Trabalhadores), e foi em eleita deputada federal pelo partido em 1994. Uma das suas frases mais impactantes tinha relação com a fome “ninguém come PIB, come alimentos”.
Tavares sempre foi contrária as políticas neoliberais. Fez oposição ao governo FHC enquanto deputada, e foi crítica ferrenha do governo de Jair Bolsonaro. Para ela o Estado deveria ser intervencionista na economia, estimulando assim seu crescimento, garantindo a tão sonhada e utópica justiça social.
Equilíbrio social
Necessidades – Maria da Conceição Tavares é uma referência para todos nós que sonhamos com uma sociedade mais justa, e equilibrada na questão social. Enquanto existirem pessoas passando algum tipo de necessidade básica, nossa luta não encerrará.
Maria da Conceição Tavares, presente!
Foto Fernanda Brazão/Agência Brasil
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