Confira os versos do nosso ator e diretor teatral: “Casto que não sou / Me dou ao deleite / De meu cachimbo / Ora fumo / Ora sou tragado”
Por Robson Rodrigues,
ator e diretor teatral
Casto que não sou
Me dou ao deleite
De meu cachimbo
Ora fumo
Ora sou tragado
Do poste berra um anjo vadio
Que na busca da luz
Morreu eletrocutado
De hoje em diante não como carne
Nem bebo tinto vinho
Áspides me cercam
Olhar lúdico
Não as temo
Estou em teu tablado
E tudo cheira a talco
Desses que se compram aos potes
Quebrarei pratos, berços, vitrais
Vazio estou de lua nova
Que me
Atravessa
Do porvir
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