ROBSON RODRIGUES: COMPREENDER NOSSA PEQUENEZ É GRANDEZA

ESFINGE (Devaneios e afins) SÃO BENTO DO SUL

Espremido entre o ontem e o amanhã, digo presente: hoje tem aula, sala cheia, cheio de dúvidas avanço no abissal mar da ignorância

Por Robson Rodrigues,
ator e diretor teatral

Hoje tem aula, sala cheia, cheio de dúvidas avanço no abissal mar da ignorância.

-Leu aquele “Assim Falou Zaratustra”, de Friedrich Nietzsche?

-Não (respondo com serenidade), ainda não.

Arroubos
Jovens –
Sem sofrer, sem justificar assumir que nunca ouviu tal ópera, ou canção de MPB é renascer, é respirar. Gosto de saber que nada sei, isso me traz a serenidade que a juventude me havia roubado.

Os jovens, em geral, não têm dúvidas de nada. Os arroubos de sentir se absolutamente poderoso e sábio passam com os anos, eu lembro de ter lamentado, em muito, agora não mais.

Hoje sinto na verdade alívios, nascem suspiro em ter de volta um universo de coisas sem explicação. Tantos assuntos me fogem, tantos tijolos que nunca assentaram, tanta nebulosa diante dos olhos que muitas vezes nem ouso abrir.

Conhecimento
Parir –
Compreender nossa pequenez é grandeza. Buscar conhecimento é parir mundos. Mas isso sem jamais negar nossa condição humana de ignorantes e sem que isso nos seja uma pecha indesejável.

A liberdade reside em ir desmontando essas arapucas diárias de perfeição fingida e inalcançável. Liberte-se. E liberte os outros. 

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