MARIANO SOLTYS (FILOSOFIA DO SUL): O FUTEBOL SE TORNOU ALGO CÍNICO

FILOSOFIA DO SUL SÃO BENTO DO SUL

Não se trata mais de um time que use o estoicismo, mas parece mais algo que leva ao cinismo

Por Mariano Soltys,
filósofo e professor

A seleção perde para o Paraguai e sente a falta de um talento maior, bem como de um conjunto mais entrosado no campo. Não se trata mais de um time que use o estoicismo, mas parece mais algo que leva ao cinismo – o mínimo possível já serve, bem como sente a falta dos antigos gênios. Felizes somos nós que acompanhamos os times de 1994, 2002 e outros. Vemos uma indiferença marcante, e cada vez mais o futebol se torna algo de nostálgicos, quando se trata de Seleção Brasileira.

Já o Paraguai fez o papel dele, e aproveitou a crise brasileira. Fala-se na volta de determinado jogador, para salvar a pátria. Mas o futebol é um conjunto, não um esporte de um único atleta. O cinismo é algo que se assemelhava aos cães, na filosofia, e esses filósofos viviam na rua, não tinham regras de etiqueta, eram grosseiros.

Artistas, marketing…
Pirata – O futebol se tornou algo de artistas, de marketing, perdeu a dimensão do esporte. Esses dias vi um ex-jogador alemão comentando sobre isso, que o futebol deixou de ser futebol. O jogo paraguaio do Brasil se tornou algo pirata.

Viveu quem viveu nos tempos das Seleções-espetáculo, como as de 1994, de 2002 e outras, e nem se fala da de 70. O futebol se tornou algo cínico, um fim do socratismo, que começava como a melhor filosofia possível. Vemos isso também em grandes times, com o possível rebaixamento.

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