MARIANO SOLTYS: FILME “SAÍDA PROIBIDA” E O DOMÍNIO DA TV

FILOSOFIA DO SUL SANTA CATARINA

Mostrando os perigos de se acreditar em tudo o que se vê, bem como as ordens inconscientes que são sobremaneira repetidas

Por Mariano Soltys, filósofo e professor

Noutros tempos a TV era o instrumento mais presente em uma casa. Hoje foi substituída pelo celular. Em inglês, “Aguardar mais instruções” mostra uma família que fica presa em uma casa, controlada por mensagens que vêm da TV, ordenando vacinação, sugerindo conspirações, proibindo sair de casa e assim por diante. Estranhamente o filme é de produção anterior a quarentena. Mas hoje as pessoas recebem instruções por celular, e pior, não de órgãos de governo ou mídia especializada, mas sim de influencers e fake news.

Antenas parabólicas
Produções
– Mesmo no tempo das antenas parabólicas, procurava eu algo mais educativo para ver, encontrando boas produções na TV Escola, na Rede Cultura, na Educativa, bem como TV Senado e outros canais. Hoje, nos vídeos do Youtube, não é difícil de se encontrar também boas produções, como num canal sobre arqueologia bíblica que me levou a adquirir algum livro e aprender mais.

Mas o filme “Saída Proibida” começa por um avô e um pai de família, ambos autoritários, conservadores e xenofóbicos. No filme eles implicam com a garota de aparência indiana que o filho traz para casa. Culpam os problemas do país pelos imigrantes árabes e outros.

Perigos
Fé fundamentalista –
“Saída Proibida” mostra a manipulação das massas e como isso pode ser utilizado. No caso do filme, se mostra um extraterrestre que vai matando as pessoas, não necessitando de muito para manter sua existência. Também a fé fundamentalista transparece, com uma cruz acima dessa TV manipuladora. Hoje os celulares também dão suas ordens, manipulam e levam alguém para comprar produtos e ideologias. Dos games, maquiagem a homens machistas, a internet produz uma série de manipulações.

O filme “Saída Proibita” mostra os perigos de se acreditar em tudo o que se vê, bem como as ordens inconscientes que são sobremaneira repetidas, manipulando mentes sugestionáveis. A religião já usou desse método há milênios. Tanto que o ET do filme disse para o adorar. Enfim, o filme é uma boa opção de terror, para se refletir nos tempos que passamos.

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