Fato é que o amor tem suas razões
Por Mariano Soltys, filósofo e professor

Chegamos nesta semana ao Dia dos Namorados, data tão comemorada por casais, namorados, companheiros e outros que usufruem essa data enigmática. Fora o aspecto comercial, já desde a filosofia, e mesmo mitologia, o amor era tratado como um deus, no caso Eros, ou mesmo um tema discutido por Platão, em sua obra “O Banquete”, ou “Symposium”. Outros filósofos, e filósofas, tratavam do amor, mas suas vidas não eram fáceis nesse sentido, como da pensadora Hipátia, também matemática de Alexandria.
Vida dos pensadores
Biografias – Da vida dos pensadores, e sou um pesquisador de biografias, se percebe dificuldades muitas com o amor, O dia dos namorados seria temido ou odiado pelos pensadores. Kant recebia cartas de pretendente, mas não se relacionava, ou tinha essa dificuldade com o amor, focando mais na razão. Schopenhauer teve uma namorada, mas surpreendido pela dona da pensão, entrou em revolta, além de definir as mulheres de um modo negativo.
Nietzsche era apaixonado por Lou Salomé, mas ela não se via como uma mulher destinada ao casamento. Salomé despertava a paixão de outros pretendentes. Já Hipátia negou o amor de um dos seus alunos, que se confessou publicamente, em um evento.
Descartes também tinha algum amor informal, e outros pensadores eram um tanto solitários. Espinosa tinha alguns amigos, aos quais recebia em sua oficina onde polia lentes, mas se decepcionou com alguns, que se venderam por situações religiosas.
Flecha
Outros pensadores – Fato é que o amor tem suas razões, e que Eros apenas flecha a raros escolhidos, na maioria das vezes seguindo a teoria de Schopenhauer, que o gênio da espécie deseja filhos, e o amor serve para preservar a espécie. Outros pensadores esqueceram desse fruto do amor, como no caso de Rousseau, ou de Marx, que não deram atenção aos filhos.
Fato é que, além dos presentes, se deve buscar a fidelidade no amor, a castidade, e o casamento, que é algo valioso, tristemente não sendo o foco de uma geração que não mais admira as damas, mas inventa teorias de pílulas vermelhas.
Árvore da vida
Sagrado – O amor é algo sagrado, e mesmo os mestres tinham as suas contrapartes. O amor é divino, e não se deve combater o casamento, sob pena de combater contra o Espírito Santo. O Dia dos Namorados faz lembrar o Éden, onde no jardim de inocência dividiam a árvore da vida, Adão e Eva.
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