MARIANO SOLTYS (FILOSOFIA NO SUL): A PERDA DE UM AMIGO

FILOSOFIA DO SUL SÃO BENTO DO SUL

Cláudio Kormann ficou na memória como um grande homem

Por Mariano Soltys, filósofo e professor

Quando fui agraciado com a conquista de entrar em curso de Direito, lá pelos anos de 1999, conheci um homem magro de óculos. Logo que começamos a conversar, seja sobre computadores, jogos ou mesmo a Área 51 e outros assuntos, tive a certeza de um amigo para sempre. Era Cláudio Kormann, que faleceu no dia 15. Amigo de todos, com seu jeito divertido e café ou cigarro na mão, sempre com aquele jeito parceiro. Acho que vestíamos o mesmo modelo de camisa.

Ele é filho de senhor doutor José Kormann, que é um grande historiador local, e que também foi vereador em nosso município. Na época do curso eu era jovem, e então não tinha automóvel, de modo que Cláudio me oferecia caronas, o que demonstrava em muito a pessoa que era. Além disso, ele ajudava em meu computador, que vivia dando algum problema, de modo que sempre auxiliou sem pedir nada em troca.

Noutros tempos
Apoiador cultural –
Noutros tempos, quando fui um apoiador cultural, ao auxiliar o historiador José Kormann, não raro conversava com o amigo Cláudio, que por lá estava com os netos brincando ou cuidando pelos corredores da casa. O livro “Histórias da História” ainda circula pela cidade, nos dando esse legado e fatos que passaram em nossa cidade.

Cláudio ajudou nesse processo, e ainda sendo bacharel em Direito, ele trabalhou em parceria, auxiliando em cálculos, em temas como de financiamentos de veículos, que era especialista, conhecendo de ponta a ponta as situações bancárias e seus contratos.

No mais, era um apaixonado por tecnologia, e também manteve uma banda de rock por um tempo. Cláudio era talentoso, e por pouco não chega à carreira política, sendo um dos mais ativos na Univille, quando do Conselho Acadêmico, ou DCE, resolvendo os direitos de alunos junto a universidade, junto a outros, que foram até vereadores.

Cruzeiro
Oxford –
Cláudio Kormann deve ter tido boa influência em bairros onde trabalhou, seja Oxford e Cruzeiro, e também ainda andava dando conselhos e atendendo, como vi noutro dia, ao passar pela rua, uma vez que sou professor de Celso Ramos, além de advogado. Muito ele levava de José seu pai, sendo que chegou até a lecionar no Celso Ramos, segundo me contou uma vez, em história.

Mesmo estagiário, lembro dele com grande importância por escritórios de advocacia por onde passou. Nos últimos tempos ele levou alguns livros de História do pai. Cláudio ficou na memória como um grande homem que passou por São Bento do Sul, sempre disposto e bem humorado. Um amigo que perdi.

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