Mauro Stiegler: UM DESAFIO SOLITÁRIO

DIMENSÕES DO CONTEMPORÂNEO SÃO BENTO DO SUL

DEPRESSÃO: ENTRE O ABISMO DE SI MESMO E OS NOVOS VOOS

Por Mauro Cesar Telesphoros Stiegler, psicólogo clínico

Os níveis de conselhos dados por pessoas que confundem depressão severa com episódios de tristezas ou crises periódicas da vida expressam conceitos equivocados, como “isso já passa”, “logo as coisas irão mudar e você melhora”, ou, ainda, “olhe as coisas de uma outra forma”.

Acontece que a depressão severa por si só é atemporal; ela não está nem aí para datas, estações do ano, início ou fim de ciclo. A depressão severa não se importa nem com alegrias, tão pouco com tragédias.

Sem dúvida ela é uma gigante da alma, esmagadora e de certa forma imponente, pois que inicialmente desafia qualquer medida terapêutica. Não que desafie indefinidamente, mas de primeiro momento parece indiferente a qualquer medida ou mesmo contenção.

Saída – A saída da depressão confere tomada de consciência da sua complexidade, para então, na sequência, dar-se conta da possibilidade e formas de superá-la.

Por levar o paciente a experimentar o abismo de si mesmo, ela também oferece possibilidades de novos voos e remontagem da própria existência.

Não se pode gostar dela, isso é lógico; da mesma forma não será produtivo odiá-la e tentar arrancá-la a qualquer custo, e apressadamente. É preciso respeita-la para então compreendê-la e com isso fazer dela ponte de transformação do próprio ser.

Renascimento – O mais importante a entender de parte de quem padece dela, é o fato de que por mais assustadora e devastadora que seja, a depressão não representa fim da linha; do contrário, bem aproveitada pode representar o começo, um renascimento.

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