“Há quem passe por um bosque e só veja lenha para a fogueira” (Leon Tolstói)
Por Nicole Fernanda Pillati Pereira,
futura escritora

Entre os troncos que se erguem como catedrais,
o sol filtra-se em raios dourados,
cada folha sussurrando uma bênção silenciosa.
Mas muitos, com olhos apressados,
veem apenas galhos secos,
matéria-prima para uma fogueira que se apaga rápido.
Quem aprende a enxergar além da lenha,
descobre o frescor do musgo, o canto do sabiá,
a sombra generosa que abriga o cansaço.
Percebe que as bênçãos estão nos detalhes:
um fruto maduro, o perfume da terra molhada,
o vento que balança as copas, trazendo paz.
Assim, o bosque deixa de ser apenas combustível
e se revela um altar de gratidão,
onde cada pequeno milagre é uma luz,
mesmo que a maioria só veja o que pode queimar.
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