O tema é relevante para a criminologia
Por Mariano Soltys, filósofo e professor

Recentemente observamos na mídia um caso de uma mulher que envenenou pessoas, supostamente, e assim é tratada de serial killer, ou psicopata. O tema é relevante para a criminologia. Fato é que o cérebro do psicopata trabalha de forma intensa, possivelmente no sistema reptiliano, lembrando Paul MacLean.
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Pesquisas de neuroimagem (fMRI e PET) demonstram que os psicopatas possuem hiperatividade em regiões subcorticais, ligadas à busca de recompensa, impulsividade e instinto de dominação. Já o córtex pré-frontal apresenta hipoatividade, bem como o sistema emocional, o límbico. Logo, não são muito inteligentes, mesmo na inteligência emocional.
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Análise
Testes – Psicopatas clínicos se identificam por testes, como o PCL-R de Robert Hare, apesar de existirem outros. Já os subclínicos, estão mais em sociedade, como em algum político corrupto, criminosos de colarinho branco ou semelhante. Frieza, mentira e falta de normas morais.
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Claro que a análise tem de ser feita por profissional da saúde, no caso por psiquiatra ou semelhante, e nisso mostra a importância de um médico com essa especialização. Não se pode chegar acusando de forma indiscriminada, que tal ou qual pessoa é psicopata.
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Perfeccionistas
Ídolos – O problema é esse: o psicopata também tem seu espectro, assim uns são leves, outros médios e outros, fortes. São perfeccionistas. Assim vão enganando e levando muita gente, sendo admirados e tendo certo atrativo. Em países onde ganham mídia, como nos EUA, viram espécies de ídolos, tendo colecionadores de coisas relacionadas a sua pessoa ou crimes.
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Casos
Condenadas – Voltando às mulheres, há um documentário, acho que “Mulheres Assassinas – Killer Women”, que mostra vários casos históricos de psicopatas, algumas condenadas à morte, enforcadas, bem como presas etc. Essas mulheres matavam por envenenamento, geralmente usando arsênico. Lá elas buscavam esse meio para se beneficiar em algum seguro de vida.
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Casos que podem ser citados:
-Mary Ann Cotton (Inglaterra, séc. XIX), que usava de arsênico, com maridos e filhos, por herança e seguros;
-Belle Gunness (EUA, início séc. XX), que usava de veneno e mutilação com pretendentes, por ganância;
-Giulia Tofana (Itália, séc. XVII), a qual usava de arsênico (“Aqua Tofana”), para centenas de vítimas, e supostamente “ajudava” mulheres a matar maridos abusivos;
-Anna Marie Hahn (EUA, 1930s), que também usava arsênico, com vítimas idosas, por dinheiro;
-Nannie Doss (EUA, 1940–50s), que vitimava idosos, também por dinheiro.
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Comparações
Autoras – Por fim, a história e a criminologia já estudaram casos semelhantes, sendo que comparações podem prevenir maiores perigos à sociedade, e punir ou tratar as autoras de crimes.
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