“Devo-te um poema / Sem rumos, sem prumos / arisco! / Um texto inexato, com gosto de saudade / E quero mais”
Por Robson Rodrigues,
ator e diretor teatral
Devo-te um poema
Sem rumos, sem prumos
Arisco!
Um texto inexato, com gosto de saudade
E quero mais
Uns versos de promessas feitas
Flecha lançada e o olho no escuro
Teimando não ver
Solfejo daqui um encanto quase sem voz
Querendo nós a sós
À beira da loucura
Sou corcel no precipício de vendas nos olhos
E fendas na carne
Espero pontuais sinais
Espero um passo
Um laço que nos enlace
Esse tom no ar
Essa chuva que nos visita toda noite
Eu sei
Ainda te devo uma poesia sala de estar
Um verso porta aberta no fim dos poucos degraus
Uma rima que nos tire do chão
Que deposite minhas mãos na silhueta mais perfeita
E refeita reflita em minha suada pele
O cheiro que a revele.
Olho você no ir e vir que sonho
E sonho ainda que sem dormir
A janela se abrir
E seu sorriso brilhar mais que a estrela matutina
E sigo seus passos como um amante faminto
Repleto de flores na boca que só perguntam
Cadê você
Cadê você
Cadê você
E olhando no profundo do que sou
Te contemplo
Mora no centro do silencioso templo
Que hoje sou!!
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