Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) tomou a decisão em assembleia
As mobilizações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) pelas escolas da Rede Estadual prosseguiram recentemente, em busca de um entendimento nas negociações para melhorias principalmente na questão da defasagem salarial da categoria. Houve, inclusive, uma conversa com o governo.
“Na tarde da última quinta-feira (18), o Governo do Estado chamou a Executiva do Sinte/SC e não apresentou nenhuma proposta. Mais uma vez, o governador não tem nada a oferecer ao magistério”, divulgou o sindicato.
“O Sinte tem buscado o diálogo com o governo desde a posse de Jorginho Mello (PL), em 2023, destacando a defasagem salarial enfrentada pelos educadores no estado. Após várias tentativas sem sucesso de negociação, a assembleia estadual, a primeira de 2024, decidiu pela greve”, continuou a entidade.
“Propostas concretas”
Fundamental – “Queremos propostas concretas para a categoria. É fundamental que o governo de Santa Catarina negocie com os trabalhadores e trabalhadoras da educação, não podemos mais esperar”, ressalta o presidente do Sinte/SC, Evandro Accadrolli.
Entre os pontos em destaque, pautados pela categoria, estão a valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis e a descompactação da tabela salarial; a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias; e a garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação.
Concentração
Registros – No primeiro dia, terça-feira (23), a concentração vai acontecer nas regionais, espalhadas por todo o Estado, serão realizados atos, com faixas e passeatas. Houve registros em São Bento do Sul, inclusive.
Audiência
Sem proposta – O governo do Estado chamou o sindicato para uma audiência na manhã desta terça, no Centro Administrativo em Florianópolis. A reunião aconteceu no primeiro dia de greve dos trabalhadores da educação que cobram o atendimento de suas pautas. O Secretário de Administração, Vânio Boing, recebeu o Sinte para discutir as pautas reivindicadas, porém, sem apresentar nenhuma proposta.
Depois de buscar a negociação e não ter respostas do governador sobre as demandas da categoria, os professores de Santa Catarina decretaram greve por tempo indeterminado dia 4 de abril, em uma grandiosa Assembleia que reuniu mais de 5 mil pessoas. Após mais de um ano de mesas de negociações e nenhuma proposta concreta, os trabalhadores em educação permanecerão em greve, até que seja apresetada uma proposta sólida.
A greve que iniciou nesta terça (23) já conta com a adesão de 30% dos trabalhadores do magistério catarinense, conforme o sindicato.
Os pedidos
Pauta – O Sinte/SC, sindicato que representa a categoria, levará novamente a pauta dos trabalhadores, que cobram: reajuste do Piso Nacional na tabela salarial, com descompactação da tabela; anúncio e efetivação do concurso público para o magistério; aplicação da hora atividade para todos os trabalhadores da educação e revogação total do desconto de 14% aplicado contra os aposentados.
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