O Estado exportou US$ 923,5 milhões de produtos, sendo o primeiro aumento no montante, após quatro quedas consecutivas na análise mensal, de acordo com avaliação do Observatório Fiesc
Santa Catarina registrou um crescimento de 5,1% nas exportações em novembro – dado mais recente disponível –, em comparação ao mês anterior, na série livre de efeitos sazonais. O Estado exportou US$ 923,5 milhões de produtos, sendo o primeiro aumento no montante, após quatro quedas consecutivas na análise mensal, de acordo com avaliação do Observatório Fiesc.
Entre os fatores que contribuíram para o saldo positivo, estão as colheitas de grãos em 2023, como a soja, responsável por US$ 80,5 milhões no valor exportado, um aumento nas vendas de mais de quatro vezes em relação a novembro de 2022. Além disso, o estado atingiu recorde em área colhida, alcançando 775.849 hectares em novembro, tendo a China como o principal comprador.
Diversificação
Competitividade – Os transformadores elétricos, por exemplo, subiram dez posições nos últimos 12 meses e hoje compõem a pauta exportadora principal do estado. Esse movimento fez o setor de equipamentos elétricos registrar crescimento de 5,3% em relação a novembro do ano passado e compensar a queda nas vendas de seu principal produto exportado, os motores elétricos.
“A diversificação das exportações foi outro fator que contribuiu para o crescimento no mês, resultado da competitividade das empresas catarinenses”, afirma Mario Cezar de Aguiar, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Parceiros comerciais
Setor madeireiro – Quanto aos parceiros comerciais, os Estados Unidos lideram as compras de Santa Catarina no mês, com US$ 162,8 milhões. Esse valor foi impulsionado pela recuperação gradual das vendas de alguns produtos do setor madeireiro, devido ao aquecimento das obras de infraestrutura na economia estadunidense.
Em seguida está a China, com US$ 129,6 milhões, estimulada pelo crescimento das vendas de soja, e o México, com US$ 71,3 milhões em exportações, especialmente de carnes de aves e suína e de insumos para indústria automotiva. Destaque ainda para as exportações de sucata de ferro para a Índia, recipientes de papel para os Estados Unidos, México e Paraguai e aparelhos de conexão para circuitos elétricos na Argentina.
Análise interanual
Recuo – Por outro lado, apesar do saldo positivo nas exportações, alguns setores apresentaram queda na análise interanual. A desaceleração na construção residencial nos Estados Unidos vem afetando o setor de móveis e a menor demanda de carne suína na China e de carne de aves no Japão impactaram a exportação do setor alimentício no Estado.
“Alguns países diminuíram suas participações na pauta exportadora catarinense, como a Holanda e Reino Unido. Nesse contexto, também está a Alemanha, maior economia da Europa, que teve o quarto recuo consecutivo na produção industrial em outubro, associado à queda do setor de máquinas e equipamentos”, ressalta Vicente Heinen, economista do Observatório Fiesc.
Importações
Insumos – O cenário das importações também foi positivo no mercado, com um montante de US$ 2,5 bilhões e crescimento de 11,0% em relação a outubro. No entanto, na análise interanual, teve recuo de 4,5%, incentivado, em parte, pela queda no preço médio dos produtos importados pelo estado.
Com a queda no preço médio dos produtos importados, os principais itens comprados foram os insumos dos setores de produtos químicos e plásticos e de metalurgia e metalmecânica, como os polímeros sintéticos e os revestimentos de ferro laminados, respectivamente, além de fertilizantes potássicos.
Entre os países de origem, destaque para a China, líder com US$ 1,1 bilhão negociado no mês. O consumo das famílias estimulou a importação de bens de consumo duráveis, como os eletrodomésticos de cozinha, aspiradores de pó, as máquinas de lavar roupa, os brinquedos e videogames, este último passou de 90º para 15º produto mais importado pelo Estado, em relação a novembro de 2022.
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