Nesta segunda (19), o fenômeno identificado pela Marinha do Brasil foi reclassificado após ganhar características próprias e chegar ao alto mar entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul
Na sexta-feira (16), a Marinha do Brasil identificou a formação de uma depressão subtropical na costa do Estado do Rio de Janeiro. Nesta segunda (19), o sistema foi classificado como tempestade tropical “Akará”, após se intensificar e ganhar características próprias.
Segundo a Defesa Civil e a Epagri/Ciram, o sistema se encontra em alto mar, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, e não deve se aproximar da costa. “A tempestade tropical ‘Akará’ não deve virar furacão, se afasta para sul em alto mar e não traz riscos significativos”, afirmaram os órgãos.
Nos próximos dias, conforme se desloca para o sul, Akará vai perder força gradualmente devido a temperatura da água, que se encontra mais baixa em relação à costa do Sudeste, onde o sistema se originou.
Trajetória e possíveis impactos
Ondas – A atualização das previsões segue indicando que este ciclone se desloca em direção ao sul, com seu centro posicionado distante, em alto mar. Além disso, o impacto mais significativo é esperado também em alto mar, onde há expectativa de ondas entre 3 e 4 metros de altura, aumentando o risco para navegação e pesca.
Nas proximidades do litoral catarinense não há influência do ciclone e a ondulação permanece com direção sudeste e variando entre 1,5 e 2,0 m. Nestas mesmas regiões os ventos sopram com intensidade moderada, com valores médios entre 20 km/h e 30 km/h, e rajadas de até 50 km/h, não havendo riscos para ocorrências
Pode mudar
Em monitoramento – É importante ressaltar que o sistema está sendo monitorado, e as previsões podem sofrer alterações, portanto, é de extrema importância o acompanhamento diário das atualizações das previsões, notas, Avisos e Alertas emitidos pela SDC, Epagri e pelos órgãos oficiais de Meteorologia e Oceanografia, como o Instituto Nacional de Meteorologia e a Marinha do Brasil.
O que caracteriza
Mecanismos – Os ciclones extratropicais são os mais comuns no sul do Brasil, sendo observados ao longo de todo o ano, mas principalmente durante o inverno. Associado a eles temos a presença de frentes frias e quentes, sistemas meteorológicos que têm papel importante na distribuição de chuvas e nas características do clima.
Por outro lado, a formação de ciclones subtropicais e tropicais é atípica na região, pois são formados a partir de outros mecanismos, necessitando de temperaturas da superfície do mar mais elevadas, por conta disso, são observados majoritariamente nos meses mais quentes do ano.
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