O tarifaço é uma medida com motivação política e ideológica clara
Por Diego Andrade, professor

A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros não é apenas uma medida protecionista, mas uma retaliação ideológica que reflete um conflito político profundo. Essa tarifa surge num contexto em que Jair Bolsonaro tramou um golpe contra a democracia brasileira, fato pelo qual será julgado em processos conduzidos por um Judiciário independente, que atua conforme a Constituição e o Estado de Direito.
A própria Procuradoria-Geral da República (PGR) já pediu a condenação de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), reforçando a seriedade das acusações e a força das instituições democráticas do Brasil. A tarifa americana também pode ser entendida como uma retaliação ao fato de Bolsonaro estar sendo julgado pela Justiça brasileira, como forma de pressionar o país politicamente.
Bajulação
Humilhação – Durante seu governo, Bolsonaro alinhou-se de forma subserviente aos interesses de Donald Trump, apostando que essa bajulação garantiria vantagens comerciais e políticas para o Brasil. No entanto, o que vimos foi o oposto: o País foi humilhado no cenário internacional, perdeu credibilidade e agora sofre com barreiras comerciais severas que prejudicam setores fundamentais da economia nacional, como o aço e o alumínio.
Em contraste, o governo Lula tem atuado com firmeza e soberania, defendendo os interesses nacionais sem submissão aos Estados Unidos ou qualquer potência estrangeira. São verdadeiros patriotas que buscam diversificar e fortalecer as parcerias internacionais do Brasil, reafirmando a autonomia diplomática do país e promovendo uma política externa que respeita a independência e a dignidade nacional.
Soberania
Expansão – Enquanto isso, o Brasil reforça sua posição como País soberano ao buscar a diversificação de suas parcerias internacionais, fortalecendo sua participação no BRICs, bloco originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que atualmente está em processo de expansão, incorporando novos países da África, Ásia e América Latina.
Essa ampliação torna o BRICc um fórum ainda mais representativo dos países emergentes e uma alternativa estratégica para o desenvolvimento econômico e a cooperação global. Isso incomoda profundamente os Estados Unidos, que veem nesse bloco uma ameaça ao seu domínio geopolítico tradicional.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, segue atuando nos Estados Unidos como articulador da Extrema Direita internacional, participando de eventos com figuras controversas e promovendo ações contrárias aos interesses soberanos do Brasil. Pior ainda, Eduardo apoia essa tarifa que prejudica diretamente os empresários brasileiros que foram a base de sustentação do bolsonarismo, demonstrando um desprezo total por seus próprios aliados econômicos.
Cenário internacional
Atuação antinacional – A tarifa de 50% é, portanto, uma medida com motivação política e ideológica clara, usada para punir o Brasil por não estar mais sob controle de um governo alinhado à agenda da Extrema Direita global. Além de prejudicar exportadores e trabalhadores brasileiros, essa medida expõe a fragilidade da política externa bolsonarista, que abandonou a autonomia diplomática para se submeter a interesses externos.
O Brasil é um país soberano e deve reafirmar sua posição no cenário internacional, reconstruindo suas parcerias de forma equilibrada e enfrentando com firmeza essas retaliações, inclusive denunciando a atuação antinacional de figuras como Eduardo Bolsonaro.
Ato hostil
Sem entreguismo – A tarifa dos EUA não é apenas um entrave econômico; é um ato hostil que reflete a tentativa de setores conservadores de desestabilizar o Brasil justamente quando o país avança na defesa da democracia, respeitando a independência do Poder Judiciário. É hora de o Brasil se posicionar como uma nação soberana, respeitada e independente, rompendo de vez com o entreguismo que tanto nos custou.
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