MUDANÇAS CLIMÁTICAS IMPACTAM DIRETAMENTE O SISTEMA FINANCEIRO

Economia

ESPECIALISTA APONTOU DETALHES EM EVENTO DA FIESC

O impacto das mudanças climáticas na economia de um País pode comprometer a saúde financeira, por isso, a agenda de sustentabilidade está no radar dos bancos centrais. É o que explicou o chefe de gabinete da diretoria de regulação do Banco Central do Brasil, Ricardo Harris. Ele abriu a agenda de debates sobre economia verde em evento promovido pela Academia Fiesc de Negócios, recentemente.

“Mudanças climáticas nos deixam mais vulneráveis a choques macroeconômicos que são cada vez mais frequentes. Choques climáticos podem impactar a missão dos bancos centrais de manter a inflação baixa e o sistema financeiro”, observou. No Brasil, essa agenda envolve uma discussão sobre aumentar a alocação de capital para atividades às vezes menos lucrativas, mas que trazem impactos positivos para a sustentabilidade. 

CONTRAMÃO – Na contramão do mundo, o Brasil aumentou a emissão, muito por conta do desmatamento de florestas, de acordo com Harris. Dados de um levantamento da Bloomberg de 2021 mostram alguns marcos que precisam ser alcançados até 2030 para chegar a zero emissão de carbono no mundo em 2050. Entre eles, está a geração de 500 gigawats anuais de energia eólica, a produção de 35 milhões de veículos elétricos por ano e a substituição do uso de energia de carvão em 70%. 

ECONOMIA VERDE – O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, reforçou o quanto a indústria está atenta ao tema. “O conceito de economia verde é uma forma mais concreta de modificar a indústria e avançar rumo ao desenvolvimento sustentável e uma maneira eficaz de implementar os princípios da sustentabilidade no desenvolvimento econômico”, frisou. “Por isso, baixo carbono, eficiência no uso de recursos naturais e inclusão social são temas recorrentes e tratados com profundidade pela federação”, completou.

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