ELVIS LOZEIKO (PÃO DE PÂNTANO): ÂNCORA

ARTE E CULTURA SÃO BENTO DO SUL

Confira os versos do autor do livro de poesias “Pão de Pântano”

Por Elvis Lozeiko

Uma âncora cai na cabeça do mundo
E abre um espaço quase infinito
Descansa, em guerra, no seu submundo
Com traços marcantes do circo esquisito

O amor imutável: pois não, bailarina
Descendo do ódio da sua rotina
Depende do jeito da coisa, verdade
Amor incansável que dança à tarde

Uma âncora sai dessa alma incolor
E foge, de novo, do velho esplendor
A paz duradoura, do tempo da luz
Maltrata, esnoba, expulsa e seduz

E já que não vê este carma voraz
Por que não buscar o sentido da vida?
Tão cheio de vidas a quem é capaz,
Alheio a alguém que enxerga e duvida?

O cais do perigo (pirata palhaço),
Refaz o abrigo à fragata de aço.
O circo sem lonas nas águas desertas
Por isso as membranas afagam a terra.

*Copyright “Pão de Pântano” (Elvis Lozeiko; Editora Nova Letra; Pág. 96). Adquira o livro clicando aqui.

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