Câmara Federal atual representa o conservadorismo, que defende com unhas e dentes a manutenção de um sistema desigual
Por Diego Andrade, professor
Na semana anterior o Congresso Nacional votou contrário à emenda que incluiria a taxação das grandes fortunas na reforma tributária. Após 36 anos os parlamento brasileiro resiste em regulamentar impostos sobre as grandes fortunas, um princípio da Constituição, que, aprovada em 1988, determina que a União deve instituir impostos sobre grandes fortunas mediante lei complementar.
Desde então, passados 36 anos, diversas propostas de taxação de grandes fortunas foram apresentadas no Brasil. Nenhuma foi aprovada. Apenas o PT, o PCdoB, o PV e o PSB orientaram voto a favor da medida; a oposição capitaneada pelo PL orientou o contrário.
Contrários
Elite – Os partidos ligados à Esquerda deram a totalidade de seus votos presentes no plenário à taxação das grandes fortunas. O PT, com 63 votos; o PDT, 18; o PSB,10; o PSOL, 8; o PCdoB, 7; e PV e solidariedade, com três cada um.
O Brasil foi projetado no passado para a elite, é notório que os resquícios desse passado nebuloso ainda permanecem vivos. A Câmara Federal atual representa o conservadorismo, que defende com unhas e dentes a manutenção desse sistema desigual.
Facilmente manipulada
População – É lamentável que parte da população brasileira é facilmente manipulada, e a ala que representa a manutenção desse sistema desigual percebeu isso, e consegue controlar essa parcela da sociedade. O reflexo disso é a ascensão da Extrema Direita, num país que clama por política públicas, por mais dignidade.
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