(Coluna) VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM TRANSTORNO BORDERLINE?

DIMENSÕES DO CONTEMPORÂNEO SÃO BENTO DO SUL

TEM-SE UM INDIVÍDUO COM UM “EU” FRÁGIL

Por Mauro Cesar Telesphoros Stiegler, psicólogo clínico

Atendendo a demanda de alguns leitores, trataremos desta vez sobre o TPB (Transtorno de Personalidade Borderline), o qual se torna cada vez mais desafiador e difícil se se diagnosticar corretamente. Borderline é o termo usado hoje para se referir ao Transtorno de Personalidade Limítrofe.

É sobretudo um transtorno de personalidade que se caracteriza por uma drástica instabilidade de humor no que tange aos relacionamentos. Esse fenômeno instável se dá, principalmente pela grande dificuldade de lidar com a autoimagem, que é vista e sentida de forma distorcida por quem sofre do transtorno.

PROFUNDAS MUDANÇAS – Por exemplo, se hoje ela se acha linda e atraente, amanhã mesmo ou daqui alguns minutos pode achar-se feia e sem nenhum valor. O Borderline age frequentemente de forma impulsiva, pouco ou nada se preocupando com os danos a si mesma ou aos outros; sofre profundas mudanças nas disposições de ânimo e é perseguida psicologicamente por uma profunda sensação crônica de vazio existencial e cotidiano.

As causas do Transtorno de Personalidade Borderline são amplas e ainda não totalmente conhecidas, mas traz como base uma ansiedade esmagadora vivida na infância ou pré-adolescência, tendo diversos e complexos traumas como desencadeadores dessa ansiedade.

MENOS TÓXICA – Disso, tem-se um indivíduo com um “eu” frágil, de tal forma que a continuidade de um comportamento saudável e de autocuidado se torna quase impossível. Segundo artigos acadêmicos e pesquisas clínicas, não há cura para o referido transtorno, sendo a medicação psiquiátrica e a psicoterapia instrumentos indispensáveis para a manutenção da saúde mental e social do paciente.

Desenvolver um senso crítico nas escolhas relacionais e suas consequências é uma das formas de conscientização a ser trabalhada no paciente, que aos poucos poderá ter uma qualidade de vida suportável e menos tóxica para si e para os seus mais próximos…

Saúde mental é tema sério e assim deve ser tratado.

Sigamos!

WhatsApp – O grupo de WhatsApp do Jornal Edição Digital pode ser acessado clicando aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *