MARIANO SOLTYS (FILOSOFIA NO SUL): A SELEÇÃO MELHOROU

FILOSOFIA DO SUL SANTA CATARINA

Longe do auge de 2002 ou 1994, mas com algum jogo que pode levar para a vitória

Por Mariano Soltys,
filósofo e professor

A Seleção melhorou. Longe do auge de 2002 ou 1994, mas com algum jogo que pode levar para a vitória. Já a Argentina fazia 6 na Bolívia, Colômbia 4 no Chile, e noutro dia a França ganhava da Bélgica, deixando essa última de fora. Do ataque do Botafogo, bem como de algo que lembre o filósofo Heráclito – ou seja, tudo é um fogo que se transforma, e a Seleção sofreu assim uma transformação, uma dialética de Hegel.

A história se repete
Síntese e antítese –
A tese era a ideia de Seleção com que nascemos, com a perfeição de 1970 e a da Copa de 1994, vai a antítese na Copa de 98, com a perda da França, mesmo com um timão de gênios do Brasil, até a síntese, que é o time que temos atualmente. A história se repete, tudo é de certa forma histórico, ao estilo hegeliano.

Flamengo e Corinthians na torcida, tese e antítese, a síntese sendo a Seleção Brasileira, duas maiores torcidas que se unem. Do pênalti que foi na mão peruana, até a consequência da lei, lembrando as Leis de Platão, a República e as cidades gregas, política do apito.

Brasil classificado, após o risco, e estávamos antes pessimistas, existencialistas, crise superada. Não se pode ser e não ser ao mesmo tempo, e assim aristotélico é o Brasil.

Fundo do poço
Estímulo –
A Seleção é fênix, ela ressurge de uma morte aparente, assim chegando novamente a uma Copa do Mundo. O Brasil é um Sísifo que sobe e desce, que tenta e não desiste. Cair e levantar, o fundo do poço é o estímulo para o recomeço.

Estoica Seleção, mais uma vez vemos a vitória, mesmo que rara. Correndo feito maratonista grego, algum jogador vence o vento e desenha a bola pelo campo. Gol de número 110 de Messi, e o gênio permanece gênio, assim como o filósofo permanece filósofo. Assim fizemos 4 no Peru, alegrando Brasília.

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