A diferença entre os dois discursos é reveladora
Por Diego Andrade, professor

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia Geral da ONU reafirmou o papel do Brasil como defensor da democracia, da paz e da justiça social no cenário internacional.
Lula voltou a enfatizar a necessidade de combater as desigualdades, proteger o meio ambiente e fortalecer a cooperação entre os povos. Foi uma fala que resgatou a tradição diplomática brasileira, marcada pelo diálogo e pelo multilateralismo, e que devolveu ao país o protagonismo perdido nos últimos anos.
Urgência
Intervenção – Enquanto Lula destacou a urgência de enfrentar as mudanças climáticas, a fome e a exclusão social, Donald Trump, em sua intervenção, seguiu a linha do isolacionismo e da retórica agressiva.
O ex-presidente norte-americano manteve seu tom nacionalista, defendendo a supremacia dos Estados Unidos e atacando adversários políticos e econômicos. Em vez de propor soluções globais, preferiu alimentar rivalidades, acirrando a lógica de confronto em um mundo que já enfrenta crises profundas.
Pontes
Muros – A diferença entre os dois discursos é reveladora. De um lado, Lula trouxe esperança e compromisso com causas que interessam não apenas ao Brasil, mas à humanidade como um todo.
De outro, Trump reforçou a imagem de um líder que prioriza apenas os seus, em detrimento da cooperação internacional. Esse contraste evidencia como a política externa pode ser usada para unir ou para dividir, para construir pontes ou erguer muros.
Efeitos concretos
Abismos – Essa diferença de perspectivas não é apenas retórica, mas tem efeitos concretos. Enquanto Lula chama atenção para a urgência de ações coletivas contra a fome e a devastação ambiental, Trump insiste em um discurso que enfraquece a cooperação global e alimenta divisões políticas e econômicas.
O mundo precisa de líderes que unam, não que aprofundem abismos e é nesse ponto que o discurso de Lula se destaca como alternativa ao individualismo e à arrogância presentes nas palavras de Trump.
Sul Global
Apenas poder – Ao resgatar o protagonismo do Brasil, Lula mostrou que a voz de um país do Sul Global pode ecoar com força e relevância no debate mundial. Já Trump deixou claro que, em sua visão, os Estados Unidos não têm compromisso com a coletividade, mas apenas com a manutenção de seu poder. Em tempos de tantos desafios, a diferença entre essas duas posturas não é apenas política é civilizatória.
Foto ONU
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