As máscaras sempre caíram sozinhas, / Tropeçaram em si mesmas, / Não resistiram às verdades da vida / Ou às mentiras do dia a dia
Por Elvis Lozeiko
As máscaras caem sozinhas,
Não é preciso provocá-las,
Nem mesmo duvidar delas.
Caem sozinhas, sim,
Porque não se sustentam,
Não têm bases sólidas.
Foram feitas de barro frágil.
Quando caem, impiedosamente,
Mostram a face oculta,
Obscura até então.
Agora é o semblante real reluzindo,
Aquele que sempre foi assim,
Mas estava encoberto,
Enganando a todos.
As máscaras sempre caíram sozinhas,
Tropeçaram em si mesmas,
Não resistiram às verdades da vida
Ou às mentiras do dia a dia.
Caíram sozinhas e caídas ficaram,
Envergonhadas perante a eternidade,
Tentando esconder algo
(Esconder novamente, cegamente).
As máscaras nunca mais se levantaram,
Ninguém quis juntá-las ou ajudá-las.
E ficaram para sempre jogadas,
E despedaçadas ficaram para sempre.
Eram máscaras verdadeiras,
Escondendo seres falsos.
*Copyright “Pão de Pântano” (Elvis Lozeiko; Editora Nova Letra; Pág. 61). Adquira o livro clicando aqui.
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