CYBERGAECO DE SC EM OPERAÇÃO CONJUNTA COM MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E PC

Segurança

OBJETIVO É COMBATER ILÍCITOS COMO AMEAÇA, VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER, ESTUPRO DE VULNERÁVEL, APOLOGIA DE CRIME E INCITAÇÃO À DISCRIMINAÇÃO

O CyberGaeco do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o Ministério da Justiça e a Polícia Civil do Estado do Piauí deflagraram nesta sexta-feira (21/7) a “Operação Pessinus”, para cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de internação provisória nas cidades de Biguaçu (SC), Ilha Grande (PI), Lucas do Rio Verde (MT) e Macaé (RJ). A ação integrada é apoiada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (DIOPI/SENASP/MJSP).

O objetivo da ação é combater crimes de constrangimento ilegal, ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia de crime ou criminoso, bem como incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos praticados no âmbito da internet.

O trabalho da equipe de investigação do CyberGaego do MPSC identificou a existência de perfis em redes sociais que demonstravam a intenção de cometer atos graves de violência contra pessoas, incluindo estupros e mutilações, massacres em estabelecimentos de ensino e culto e enaltecimento a símbolos ligados ao nazismo.

Incêndio previsto em escola

De acordo com os investigadores, entre os perfis identificados, um chamou bastante atenção. Tratava-se de uma adolescente que aparentemente tinha a intenção de incendiar uma escola. No entanto, os trabalhos de investigação revelaram que na verdade a adolescente estava sendo vítima de extorsão sexual, encontrando-se numa realidade de submissão decorrente disto. Um dos adolescentes investigados no Estado do Piauí possuía perfis de culto a símbolos nazistas, incluindo imagens de automutilação. 

Segundo a apuração, além de idolatrar e propagar imagens de assassinos de massacres escolares, praticava por meio desses perfis apologia e incitação a crimes contra a vida, bem como divulgava conteúdos proibidos de tortura, pedofilia, crueldade contra animais e pessoas.

Automutilação

O adolescente ameaçava sequestrar, estuprar e matar uma das vítimas e realizava diversas violências sexuais por meios virtuais. De acordo com as investigações, ele também exigia que sua ex-namorada realizasse automutilação em frente às câmeras.

Com base nas informações recebidas pelo CyberGaeco, a polícia do Piauí instaurou inquérito e representou judicialmente por mandados de busca e apreensão, bem como internação provisória dos adolescentes infratores. As polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso apoiam a ação.

Nome da operação

De acordo com a mitologia, Átis acabou enlouquecendo e se automutilando como forma de expiação e parte de rituais religiosos. Ele foi morto e seu túmulo está na cidade de Pessinus, simbolizando, dessa forma, o fim da automutilação e reforçando o objetivo da operação em garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes.

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