É incrível como os candidatos têm se reinventado negativamente na busca pelo voto da massa despolitizada
Por Diego Andrade,
professor
A tragicomédia da política brasileira parece ganhar novos capítulos a cada dia. O candidato que levou a cadeirada em São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), confessou em um vídeo publicado recentemente, que “armou a cena” na qual aparece gravemente ferido numa ambulância.
É incrível com o candidato em questão se propõe a tudo pelo voto do eleitorado paulistano. O mesmo não mede consequências ao atacar verbalmente todos os seus oponentes, mesmo que seja muitas vezes ataques levianos e injustos. O espertalhão sabe que boa parte da massa votante gosta desse espetáculo e o vilão acaba saindo como herói.
Crise na educação
Diplomas – A despolitização é consequência de uma educação de baixa qualidade. “A crise na educação não é uma crise é um projeto”: a frase de Darcy Ribeiro é algo para refletirmos. O Brasil foi um dos últimos países da América Latina a inaugurar a sua primeira universidade, algo até então desnecessário para a elite brasileira, pois os filhos daqueles que tinham boas condições financeiras sempre saíam do país para buscar seus diplomas.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), o mais importante fundo da educação brasileira, foi sancionado em 2007, no segundo Governo Lula (PT). E o piso nacional do magistério foi sancionado pelo mesmo presidente em 2008. Dois passos importantes, mas muito recentes.
Função nobre
Vamos acordar – Não existe educação sem investimentos. Professor motivado é professor valorizado. Uma função tão nobre na nossa sociedade, mas pouco prestigiada pelos governantes. Muitos prefeitos que buscam a reeleição na nossa região sequer pagam o piso nacional do magistério. Uma triste realidade para municípios de um Estado tão rico como Santa Catarina! Vamos acordar, prefeitos?
WhatsApp – O grupo de WhatsApp do Jornal Edição Digital pode ser acessado clicando aqui.