REPASSE MILIONÁRIO CONTRA A DENGUE

SANTA CATARINA

SANTA CATARINA VAI RECEBER R$ 1 MILHÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai receber do Ministério da Saúde (MS) um repasse no valor de R$ 1 milhão para auxiliar na intensificação das ações de prevenção à dengue em Santa Catarina. “Esse montante vai se somar aos recursos já disponibilizados pelo governo do Estado para auxiliar os municípios nas ações de combate à dengue. Com a ampliação do horário de atendimento em unidades básicas de saúde e em pronto atendimentos, por exemplo”, afirma Carmen Zanotto, secretária de Estado da Saúde.
“Além disso, a secretaria de Estado da Saúde segue em contato com o governo federal para cobrar agilidade dos pedidos já feitos anteriormente pelo estado, como o uso de novas tecnologias na prevenção à doença, com a vacina e os mosquitos estéreis”, continua.
Santa Catarina já havia disponibilizado R$ 10 milhões para os municípios que decretaram situação de emergência por conta da doença. Desse total, quase nove milhões já foram solicitados. Receberão o auxílio as prefeituras de Joinville, Florianópolis, Coronel Freitas, Saudades, Palhoça, São José, Biguaçu, São João Batista, Garuva, Navegantes e Barra Velha. Na região, São Bento do Sul é considerado um município infestado pelo mosquito Aedes aegypti, enquanto Rio Negrinho e Campo Alegre têm focos do inseto.

A DOENÇA – A dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
A infecção pelo vírus dengue varia desde formas mais leves até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

“Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça ou atrás dos olhos, náuseas ou vômitos, fraqueza, dores musculares ou nas articulações. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo, podendo atingir face, tronco, braços e pernas”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC).

No entanto, alguns pacientes podem apresentar uma evolução desfavorável da doença. Assim, é necessário manter atenção aos sinais de alarme, que são: sangramentos de mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade.

DIAGNÓSTICO – “Assim que o paciente apresentar febre, ele já deve procurar atendimento em um serviço de saúde para fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças e para receber as orientações corretas quanto ao seu tratamento e acompanhamento. É importante lembrar que qualquer pessoa pode desenvolver formas graves de dengue. No entanto, crianças, gestantes e idosos, além daqueles com comorbidades, têm maior risco de apresentarem quadros graves de dengue. Na identificação de sinais de alarme, o paciente deve retornar imediatamente ao serviço de saúde”, enfatiza Maria Júlia Almeida Rostirolla, médica infectologista da DIVE/SC.

CENÁRIO – Santa Catarina já tem 19.502 casos confirmados de dengue. Desse total, a maioria (15.010) é autóctone, ou seja, casos contraídos dentro do estado. Ainda de acordo com o último informe epidemiológico, 21 óbitos já foram registrados pela doença.

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