Uma linguagem sutil que transforma o ordinário em algo sublime
Por Nicole Fernanda Pillati Pereira,
futura escritora
A poesia da chuva é uma linguagem sutil que transforma o ordinário em algo sublime. Ela se manifesta nas pequenas gotas que caem como versos de um poema, tocando a terra, a janela, a alma.
Cada gota é um suspiro do céu, um eco de um mundo que se faz ouvir na suavidade do som da chuva que tamborila sobre telhados e folhas. A chuva é como um poema sem palavras, onde o silêncio entre os sons é tão significativo quanto a melodia que eles formam.
Interior
Pausa – Os poetas muitas vezes veem na chuva uma metáfora para o ciclo da vida: o renovo, a purificação, a tristeza e a esperança. O ato de chover é como um olhar sobre o interior do ser, uma pausa que convida à reflexão. Ela traz consigo o frescor, mas também a nostalgia.
O cheiro da terra molhada, o som que acalma, o cenário que se forma entre as nuvens e a luz difusa são elementos que se entrelaçam, criando uma paisagem emocional que vai além do simples fenômeno meteorológico.
Em sua poesia, a chuva não é apenas um evento da natureza, mas um estado de espírito. Ela pode representar o lamento de um coração solitário, o amor que brota discretamente, ou até a liberdade que vem com a aceitação da dor e da beleza do mundo.
Bênção
Renovação – Em muitas culturas, a chuva é vista como uma bênção, um símbolo de fertilidade e de renovação. Ela nos lembra da interdependência entre todos os elementos, do fluxo incessante da vida – o silêncio e o som se encontram e se desvanecem, como um poema que se escreve no tempo.
Assim, a poesia da chuva nos convida a parar, a escutar e a sentir a beleza nas coisas simples, a olhar para o mundo com olhos de quem percebe que cada momento carrega em si a possibilidade de transformação.
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