INFRAESTRUTURA: FIESC DIVULGA DADO PREOCUPANTE

Economia

94% DAS 35 OBRAS ACOMPANHADAS PELA ENTIDADE ESTÃO COM O PRAZO EXPIRADO OU COM O ANDAMENTO COMPROMETIDO

Monitoramento da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) mostra que 94% das 35 obras de infraestrutura de transportes acompanhadas pela entidade estão com o prazo expirado ou com o andamento comprometido.

Esse conjunto de obras totaliza R$ 9 bilhões e é relativa aos modais rodoviário (R$ 8,1 bi), ferroviário (R$ 154 milhões), aquaviário (R$ 597 milhões) e aeroviário (R$ 150 milhões).

Os dados foram apresentados pelo presidente da federação, Mario Cezar de Aguiar, em painel no Congresso dos Municípios (Comac), promovido pela Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios (FECAM), nesta semana.

“Isso nos preocupa muito. Os investimentos precisam ser acelerados para que tenhamos uma infraestrutura adequada, que acompanhe o crescimento de Santa Catarina”, disse Aguiar, ressaltando a importância do Programa Estrada Boa, do governo estadual, que prevê o aporte de R$ 2,16 bilhões, além dos cerca de R$ 1,3 bilhão previstos no orçamento federal para obras nas BRs.

Custo logístico – Em sua apresentação, o presidente observou que a falta de infraestrutura impacta o custo logístico. Pesquisa da Fiesc e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra que o custo do transporte da indústria catarinense passou de R$ 0,04 por real faturado em 2017 para R$ 0,07 por real faturado em 2022.

“Houve uma elevação de 75% no custo de transporte, ocasionado, principalmente, pela precariedade da malha rodoviária catarinense”, afirmou. A pesquisa indica, ainda, que a redução de 1 centavo no custo logístico catarinense representaria uma economia de cerca de R$ 4,5 bilhões por ano.

Modal – Durante o painel, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-SC), Alysson Rodrigo de Andrade, apresentou um mapa das principais obras em execução e informou que, para 2023, o órgão dispõe de R$ 825 milhões para construção de estradas e R$ 447 milhões para manutenção delas.

“A nossa economia depende da qualidade das nossas estradas. Temos que pensar no crescimento e na ampliação de capacidade porque nosso estado cresce e a demanda pelo modal rodoviário também”, disse.  

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