Na nossa bandeira há muita ciência e um retrato astronômico das constelações
Por Mariano Soltys,
filósofo e professor
Nessa semana tivemos a alegria de diariamente ver cantado o hino nacional, de modo que os jovens nesse momento patriótico deixaram-se levar pelo espírito da nação. Colônia que fomos, de uma Portugal que era mais que motivo de piadas modernas, mas um verdadeiro império que nos legou nobre espírito, nesse país que se torna Brasil, antes Brasil de ser Brasil, mas o terceiro império, do Espírito Santo, país do futuro.
Mas motiva a disciplina do canto do hino, a admiração da bandeira, os trabalhos escolares envoltos na temática patriótica, desenhos das armas nacionais, brasão, desfile cívico, reflexões históricas sobre a independência.
Estátua
Ciência – A independência tem belos relatos, e ouvi um na rádio paranaense que escuto, de Curitiba. Era aquele relato clichê, do Dom Pedro, com fatídico grito do Ipiranga. Basta olhar lá na Praça do Ipiranga para ver a verdade de quem fez realmente a “independência”, na estátua representada, com o traje característico da fraternidade. No espírito iluminista, bem como positivista, o Brasil toma um rumo um tanto progressista, se volta demais à ciência, esquece a religião, e se afasta de Portugal, do porto do santo Graal.
Povo da elite
Bandeira – No segredo, o dia do fico, independência e tudo mais já estava decidido antes, não pelo povo, mas por um certo povo da elite. Dom Pedro Guatimozim estaria responsável por isso, não sozinho, mas na egrégora da fraternidade. Nessa aura, já também com a luz de pensamento filosófico do progresso, restando num império da moda, ao estilo Napoleão, depois para um modo republicano, com o pensamento de Auguste Comte, que nos traz a frase na bandeira, “Ordem e Progresso”, resumo de uma maior, que seria “o amor por princípio, a ordem como base e o progresso como objetivo”. O povo brasileiro mal sabe quem foi Comte, esse espírito que mais brilhou nos intelectuais brasileiros que em outras nações.
Cores
Conta – A bandeira da república provisória seria semelhante à dos EUA, só que verde e amarela, depois surgindo a bandeira imperial, já parecida com a nossa atual. Na nossa bandeira existe muita ciência, e um retrato astronômico das constelações, estrelas, representando os 26 Estados de nossa nação. E a estrela solitária ao alto é a do estado do Pará, apesar de muitos pensarem ser o Distrito Federal.
As cores da bandeira seriam mais ligadas a Portugal, apesar de outros significados surgirem posteriormente. Mas veremos nesse 7 de Setembro, novamente a beleza da bandeira, do Hino Nacional, de autoria de Dom Pedro, e ainda a marcha sempre viva de todos que partilham desse nobre dia.
Mas foram mesmo alguns cristãos-novos, que também colaboraram com a independência. Mas tiveram micro-independências, e a revolta revoava o Brasil antes do 7 de Setembro. Os neófitos planejavam a independência, e assim ocorreu.
Nasce o nosso Brasil como nação independente, apesar de ter de pagar a conta ainda a Portugal. E com governo militar isso foi mais comemorado e relembrado. Que o hino nas escolas permaneça, mas por verdadeiro patriotismo, não por autoritarismo.
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