MARIANO SOLTYS: FORMAS NOVAS DE TRABALHAR AS AULAS

FILOSOFIA DO SUL SÃO BENTO DO SUL

Que nossos pequenos e jovens tenham professores bem formados e dedicados

Por Mariano Soltys, filósofo e professor

Recentemente ocorreu a Prova Nacional Docente (PND). Professores foram avaliados, também em Enade, tudo no contexto do “mais professores” e de um futuro mais presente dos educadores, junto às escolas de todo o Brasil.  A prova estava em alto nível de dificuldade, exigindo através de 80 questões uma atenção digna de professores de primeira, o que certamente ocorreu.

Notícias existem na mídia sobre a falta de professores. Também de professores agredidos por pais, humilhados por alunos, tendo de dedicar muito tempo da aula para questões como falta de disciplina. Em contraste a isso, muitos procuraram a Prova Nacional Docente para garantir a presença de professores em todo o Brasil.

Juntamente, foi divulgada a Carteira Nacional Docente, que identifica e honra os professores, de modo a se proporcionar vantagens, como a meia entrada em eventos culturais, onde exista. Mas o que caiu na prova?

Filósofo indígena
Existencialistas –
Na minha área de escolha, a Filosofia, tinha de tudo, desde filosofia grega, antiga, medieval, moderna, contemporânea. Havia um autor que admiro, o Ailton Krenak, filósofo indígena, com mais de uma questão, e que esteve em Joinville ano passado, na feira do livro. Perguntou-se sobre existencialistas, como Kierkegaard, Nietzsche.

Ademais, se tratou de Santo Agostinho, em questão que mostrava a situação da mulher em cultura tradicional cristã, mais conservadora. Até Sócrates! Não o jogador de futebol, mas aquele grego mesmo, do tal “só sei que nada sei”.

Outro filósofo indígena brasileiro foi Daniel Munduruku, que tratou sobre o caçador e a valorização do mais velho. E esse ainda foi o tema da questão discursiva, o idadismo, espécie de etarismo.

Formados e dedicados
Respeito –
Que nossos pequenos e jovens tenham professores bem formados e dedicados. Isso parece que vem ocorrendo, haja vista se perceber ainda grande número de candidatos aqui na escola Roberto Grant. Com uma prova de 5 horas!

Isso tudo mostrou temas para contexto, formas novas de trabalhar as aulas, temas inovadores e que superam preconceitos, elitismo, racismo, dominação, bem como toda a forma ultrapassada de ver o mundo.

Os professores sempre inovaram nesse sentido. Tudo com respeito à ética, à religião, à democracia, à ciência; em especial à cultura brasileira, ao pensamento brasileiro, à mulher aí incluída, bem como para professores que darão carteiraço: e eles merecem todo o respeito.

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