A MAIORIA DE NÓS NASCEU DE PAIS QUE CARREGAM SEUS PRÓPRIOS TRAUMAS NÃO RESOLVIDOS
Por Mauro Cesar Telesphoros Stiegler, psicólogo clínico
Criança interior é uma parte da nossa mente que experimentou a vida e se adaptou a certos comportamentos e padrões para viver. É uma parte inconsciente de nossa mente, na qual carregamos nossas necessidades não satisfeitas, emoções reprimidas da infância, nossa criatividade, intuição e capacidade de brincar.
A criança interior é aquela que se manifesta em nós e cujas experiências ainda não “foram embora”. Muitas vezes, ainda vemos o mundo através dos olhos de nossa criança.
O relacionamento que tivemos com nossos pais em nossa infância molda cada relacionamento que temos na fase adulta. Quando crianças devemos aprender a nos expressar, dizendo como nos sentimos. Precisamos de uma figura adulta para nos guiar em meio às “grandes emoções” vivenciadas nessa fase.
Regular emoções – Nós queremos e precisamos ser vistos e ouvidos pelos nossos pais. Mas a maioria de nós nasceu de pais que carregam seus próprios traumas não resolvidos, herdados de seus próprios pais. Desta forma também é difícil para eles saber como regular suas próprias emoções e, portanto, não conseguem lidar bem com as nossas.
Buscamos então lidar com essa realidade, adaptando-nos. Para a maioria de nós, isso significa agradar aos nossos pais, de forma a nos tornar o que eles esperam que sejamos.
A tendência, em geral, nessa busca para agradar aos pais é que nos comportamos da maneira que eles valorizam e veem como “boas” e rejeitamos as partes de nós mesmos que são vistas por eles como vergonhosas ou “más”.
A criança interior ferida – Todas as emoções não resolvidas, necessidades que não foram atendidas e situações dolorosas em que nos sentimos assustados ou violados não desaparecem simplesmente. Elas existem dentro de nós, criando uma lente através da qual passamos a enxergar o mundo.
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