GUILLERME SLOMINSKY (“FRAGUIMENTOS”): NÃO SEI POR ONDE COMEÇAR, MAS PRECISO

"FRAGUIMENTOS" SÃO BENTO DO SUL

a arte existe para curar um mundo que nos quer doentes

Por guillerme slominsky

existe um ótimo vídeo no youtube que fala sobre como um artista não tem escolha: a maioria desiste de criar, mas a arte nunca desiste de nós. ela fica na nossa mente, inquietando, tal qual aquelas três ligações por dia de números de são paulo capital, que desligam assim que a gente atende.

existem demasiadas áreas da saúde que empregam a arte como cura. a “arteterapia” é uma delas: a expressão artística é usada como ferramenta para recuperação emocional, afinal, as artes visuais e tantos outros campos artísticos têm esse poder: o de curar.

qual é a doença?
silêncio – mas se a arte é a cura, qual a doença? muitas vezes é a dúvida em si, “e se não der certo?” alguns se perguntam em silêncio, ou “ah, não tem como viver só disso”; outros se consolam, em seu calmo desespero. mas a doença reside em escolher não criar, afinal, para um artista, expressar não é uma opção, é necessidade.

fernando pessoa citava navegadores portugueses em um certo lema: “navegar é preciso, viver não é preciso”. quero ainda explorar uma certa problemática dessa obra, mas tomando-a com zelo e sinceridade, percebemos a grandiosidade de nandinho e sua lucidez ao dizer que:

“viver não é necessário; o que é necessário é criar.
não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
só quero torná-la grandiosa.
ainda que, para isso, tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a
lenha desse fogo”.

a arte existe para curar um mundo que nos quer doentes. já tomou a sua dose hoje? até a próxima.

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